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ADHEMAR O´CONNOR D´ARLACH

( Bolívia – Tarija )


(TARIJA 1886 – 1908 LA PAZ )

Pertence a uma família de escritores em que atuaram Tomás, Octavio Amable.
Escreveu versos elegíacos que foram colecionados depois de sua morte, no volume intitulado "Arias Tristes".

 

TEXTO EN ESPAÑOL  - TEXTO EM PORTUGUÊS

 

BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesía boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.  13,5x19 cm                                  Ex. bibl. Antonio Miranda



FUNERARIA

 

Cuando se pone el sol, cuando gimiendo
me habla la brisa de morir sin gloria
,
en la penumbra de mi pena enciendo
mi inseparable lámpara,
lámpara de alabastro: tu memoria!

Cuando algo mi trágica y rendida
caravana de duelos migratoria,
en mi alma de cristal llevo prendida
mi inseparable lámpara
lámpara de alabastro: tu memoria.

Cuando cantan las hojas que se arrastran
su aria fugaz, como lo que fue tu historia,
brotan gotas de llanto que engastan
en mi querida lámpara,
lámpara de alabastro: tu memoria.

Sólo la mustia prometida mía,
la muerte redentora,
ha de apagar un día
la luz de aquella lámpara,
lámpara de alabastro: tu memoria.

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda  



FUNERÁRIA

 

Quando o sol se põe, quando gemendo
me fala a brisa de morrer sem glória
,
na penumbra de minha pena acendo
minha inseparável lâmpada,
lâmpada de alabastro: tua memória!


Quando algo minha trágica e presa
caravana de dores migratória,
em minha alma de cristal levo acesa
minha inseparável lâmpada
lâmpada de alabastro: tua memória.

Quando cantam as folhas que se arrastram
sua ária fugaz, como o que foi a tu história,
brotam gotas de pranto que engatam
em minha querida lâmpada,
lâmpada de alabastro: tua memória.

Apenas a prometida murcha cria,
a morte redentora,
haverá de apagar um dia
a luz daquela lâmpada,
lâmpada de alabastro: tua memória.

 

*

 

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Página publicada em setembro de 2022

 

 


 

 

 
 
 
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